Somente, somente a Confissão - sincera e freqüente - pode libertar a pessoa de hábitos pecaminosos, tenha um arrependimento frutífero, melhore seus feitos com a verdade.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
domingo, 25 de fevereiro de 2018
Primeiro domingo da grande Quaresma.
DOMINGO DO TRIUNFO DA ORTODOXIA.
"Todos os domingos da grande quaresma abrem diante de nós questões sobre as quais o crente é convidado a desfrutar aprender e retirar delas os suprimentos espirituais necessários. Assim, no primeiro domingo da Quaresma, a Igreja celebra o triunfo da ortodoxia.
Neste dia nos lembramos da vitória contra os iconoclastas, uma heresia muito perigosa, cheia de enganos e falácias, as quais consistem na dúvida da humanização do nosso Senhor. Isto significa que o homem não poderia curar-se, salvar-se e incorporar as mensagens eternas da verdade eterna de nosso Senhor.
A controvérsia iconoclasta que se desenvolveu de maneira mais terrível por mais de cem anos, causou grande comoção e deixou muitas "feridas" em seu caminho. Muitas pessoas santas foram perseguidas, torturadas e sacrificaram as suas vidas defendendo a fé ortodoxa. Entre essas pessoas santas figuram também São João Damasceno, São Teóforo o Studita e outras. Finalmente o 843 DC, depois de muitas batalhas e sacrifícios dessas santas figuras que enfeitam o edifício da Igreja e o iluminam com suas presenças, foi feito o restabelecimento dos santos ícones, evento que o festejamos como Triunfo da Ortodoxia.
O TRIUNFO DA IGREJA
A Vitória de nossa Igreja Ortodoxa é marcada com o definitivo restabelecimento e veneração dos santos ícones com o Sínodo que foi feito em Constantinopla no ano de 483 DC. Obrigatoriamente assinala que a relação desta festa com a grande quaresma é de um ponto histórico. O primeiro triunfo da ortodoxia foi feito especialmente neste domingo. O resplandecimento da verdade. Nossos Santos pais com a sabedoria divina que os distinguia, colocaram neste domingo a vitória da ortodoxia para poder os crentes absorverem dela as provisões e qualidades espirituais necessárias, as quais os acompanharão em seu longo caminho para o encontro com o Cristo ressuscitado.
Ortodoxia significa exatamente a fé certa. É um requisito muito básico na luta do crente que realiza este período para poder ascender aos picos espirituais mais altos, com fundo as virtudes que pode adquirir através do seu estado de luta. Só quando buscamos com verdade e conhecemos na realidade a Cristo se dignifica a nossa vida. Só o encontro e a relação pessoal com o Senhor, pode aliviar e fazer repousar a nossa existência... isto nos dizem as nuvens de mártires, de Santos, de pais e de mestres que lutaram até a morte pela fé ortodoxa.
A IGREJA CORPO DE CRISTO
Quando falamos da ortodoxia, falamos sobre o mais precioso da fé e da esperança. No entanto, é possível definir ou descrever quem participa retamente no mistério de Deus, na vida divina, nesta vida infinita de Deus que enche a nossa existência humana, dentro do pecado e da nossa queda? É quase impossível dar uma definição exata do termo igreja porque, na verdade, nenhuma definição existe que possa ser considerada como plena em autenticidade dogmática. Mais a igreja é uma realidade que vivemos, em vez de um objeto que "Analisamos e estudamos".
Queridos irmãos, o evangelho nos convidou, "vem e verás". E esta vinda nossa é um caminho humilde e limpo que passa pela vida mistica e litúrgica em nossa paróquia, nossa igreja, então seremos conduzidos em nossa união com a Igreja, no crescimento em Cristo e nosso renascimento, de modo que cada um de nós possa dizer como Natanael no Evangelho de hoje: "Rabi, em verdade você é o filho de Deus". Nesta perspectiva podemos falar sobre restauração, certificação da nossa icona (imagem), com toda sua grandeza e nobreza que Deus nos deu.
A celebração de hoje, da nossa igreja e da ortodoxia, recorda-nos também o dever que temos como cristãos ortodoxos em servir com todas as nossas forças a verdade do nosso Senhor. Depositar a nós mesmos toda a confiança na perspectiva que abre o caminho para a nossa cura e salvação. A ortodoxia não se esgota nem se limita apenas em formulações verbais, mas estende-se no sentido dinâmico da ortopraxía (Ação correta), que envolve a transubstanciação em praxis na nossa vida quotidiana na verdade da nossa igreja.
Para conseguir isso, no entanto, requer que toda a nossa vida esteja mudando em um testemunho diário que é transmitido nas frequências de bom exemplo, tal como isto emana através da realidade da nossa igreja.
O triunfo desta verdade nos carrega de grandes responsabilidades para poder também corresponder ao dever divino de transmissão dela em todo o mundo. O Triunfo da ortodoxia finalmente funciona como um desafio para irradiar a sua presença através das nossas próprias existências e transmitir mensagens eternas em todo o mundo."
Reflexão diária, contemplação e homilia do Prólogo de Ohrid (11 de fevereiro pelo Calendário juliano)
A matéria não é maligna de si mesma como certos hereges cristãos, ou seja, os maniqueus e outros filósofos ensinaram. Não só a matéria não é má, mas a matéria não é o único caminho do mal, mas, na medida em que a matéria é um canal, também o espírito é um canal do mal. Toda coisa material é melancólica e até temerosa por causa dos pecados do homem, mas a matéria não é má. A matéria é corruptível, fraca e nada em comparação com o espírito imortal, mas não é maligna em si mesma. E, se fosse mau, nosso Senhor Cristo teria instituído a Sagrada Comunhão de Pão e Vinho e Ele chamaria o Pão e o Vinho Seu Corpo e Seu Sangue? Se a matéria, por si só, é má, como então, os homens seriam batizados com água? Como o apóstolo James teria ordenado que os enfermos fossem ungidos com o petróleo? Como a Água Abençoada [Água Sagrada] ficaria além de estragar e ter propriedades de trabalho milagroso? Como a Cruz de Cristo teria poder? Como a peça de Cristo transmitiria o poder de cura do Salvador pelo qual a mulher com a questão do sangue estava curada? Como as relíquias dos santos e ícones realizaram tantos milagres e transmitiram tanto bem às pessoas do reino da Graça? Portanto, como então o bem poderia vir ao homem através do mal? Não não; A matéria nunca é má de si mesma.
CONTEMPLAÇÃO
Para contemplar o Senhor Jesus como um bom comerciante que entrou neste mundo quanto a um mercado para dar e tomar:
1. Dar o Seu trabalho e receber os numerosos frutos da alegria desse trabalho;
2. Dar-se a si mesmo para ser humilhado, ser cuspido, ser ferido, machucado, ser perfurado, ser crucificado para inaugurar o exército de Seus fiéis na Sua glória eterna;
3. Dar Seu Corpo para redimir numerosas almas das multidões.
HOMILIA
Sobre julgar de acordo com a carne e de acordo com o espírito
"Vocês julgam de acordo com a carne" (São João 8:15).
Assim falou o Oniscience Senhor aos iníquos judeus: "Vocês julgam segundo a carne". Eles haviam apanhado uma mulher em adultério e queriam apedrejar ela por causa de seu pecado carnal. Mas o Senhor percebeu a alma da mulher e viu que ela ainda poderia ser salva e mudada, levando-a ao arrependimento e a soltou. Pois apesar de ter cometido o ato de adultério, no entanto, sua alma não era totalmente adúltera. No entanto, os fariseus constantemente aborreceram o pecado de adultério em seus corações, mas eles ocultaram habilmente aquele pecado de adultério e não condenaram o adultério no coração, mas condenaram o ato de adultério somente contra aqueles que eles pegaram nesse ato.
Os homens espirituais julgam pelo espírito e os homens físicos julgarem pela carne. Ainda hoje, os judeus, punidos e dispersos em todo o mundo, nunca conseguiram pensar espiritualmente e julgar espiritualmente, mas ainda pensar e julgar apenas pela carne e apenas externamente de acordo com a lei da lei escrita em papel ou na natureza , mas ainda nunca de acordo com o espírito. Pois, se tivessem aprendido a julgar os homens e as ações de acordo com o espírito, teriam imediatamente reconhecido o Senhor Jesus como o Messias e o Salvador.
Guardemos, ó cristãos, que julgamos não só de acordo com a carne. Guardemos que não seremos muito rápidos em julgar quem, por causa de sua ineptidão, se deslize em delitos, nem alabar aquele que se adere habilmente e não se desliza diante dos homens, mas que, com o coração dele, já está completamente no abismo. de pecado. Deixe-nos estar em guarda do erro, que não julgamos os homens e a natureza de acordo com as impressões sensuais e nos esforçamos para julgar tudo espiritualmente, isto é, pelo espírito. Eis que somos filhos do espírito e da luz, pois somos batizados.
O Senhor Jesus nos ensine e nos guia para que não pensemos nem julguemos de acordo com a carne, mas sim pelo espírito.
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Estação em os Doze Apóstolos
A basílica dos Santos Doze Apóstolos, assim chamada desde o século XVI, foi edificada por Julio I (300-352), por ocasião da trasladação das relíquias dos Apóstolos Filipe e Tiago em 340.
Havia outrora, em redor da igreja pórticos e piscina, aos quais se faz referência no Evangelho da Divina Liturgia. Na basílica dos Santos Doze Apóstolos, antigamente eram apregoados os nomes dos ordenados que eram confiados assim a proteção de todo o colégio Apostólico.
Jesus não quer o pecador incorra na morte eterna; antes quer que se converta e viva, (cf. Ez: 18, 20-28). Foi para isso, aliás, que Ele operou a redenção do mundo e instituiu a Igreja, onde fluem as duas piscinas milagrosas (cf. Jo: 5, 1-15), do Batismo para todos os homens e da Confissão para os fiéis que tendo afastado do caminho reto mediante o pecado e a impiedade, arrependidos a ele regressam.
"Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior." (cf. Jo 5,14). Depois de receber a graça da conversão, não se deve incidir de novo no falso caminho do pecado, mas cada qual deve procurar "renovar" a alma e servir ao Senhor com ardor juvenil "Benzide, minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de todos os seus benefícios; a tua juventude será como a da águia: não terá fim" (cf. Sl: 102: 2, 5).
Marcos Vinícius Faria de Moraes.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
A GRANDE QUARESMA
Muitas pessoas ignoram ou não querem conhecer o verdadeiro significado destes dias (de jejum), consumindo a si mesmos com suas monótonas rotinas da vida quotidiana. O homem moderno reclama que a vida está lhe cansando, mas não faz um passo sequer em direção a uma mudança fundamental. Entrega-se a dietas rigorosas, por vezes, enquanto desconsidera o jejum. Ele pode encontrar tempo para um psicólogo, pode passar horas diante da televisão, mas não encontra tempo para um pai espiritual ou para ir à igreja.
O homem de hoje não quer oferecer mas insiste em receber com muito pouco esforço ou sacrifício pessoal. Muito temeroso em olhar para si próprio, ele foge de si mesmo e luta em seu vazio interior.
A Grande Quaresma opera como um Raio X, como uma câmera de vídeo ou um espelho. De certa forma, não a dirigimos as boas-vindas porque ela revela nossa realidade escondida.
O espírito de consumismo de hoje, bem como de conforto e orgulho deixam o homem prisioneiro de muitas coisas desnecessárias que preenchem sua vida. A Grande Quaresma é uma parada na corrida rotina de vida e uma oportunidade para a transfiguração. A oração de Santo Efrém o Sírio, recitada neste período mais de cem vezes durante os serviços litúrgicos, nos leva a abandonar a preguiça, os muitos cuidados, amor pelo poder e vã-loquacidade e a ganhar a pureza, pensamentos humildes, paciência e amor. Esta bela oração toda-plena em significados se conclui com o pedido a Deus: “Concede-me que veja as minhas próprias faltas e não julgue a meu irmão...”
Vamos abandonar as fofocas, os julgamentos e similares que continuamente contaminam nossa alma e mudar o foco em nós próprios corrigindo nossas faltas.
A Grande Quaresma nos impele a retornar a si-próprio e contribui a nossa cura da enfermidade espiritual que obscurece nossa mente e torna nossas vidas difíceis e amargas.
Se conseguimos alcançar o auto-conhecimento e o arrependimento, então a Grande Quaresma não será um tempo sombrio e estéril para nós, ou um simples tempo para cumprirmos os “direitos morais”, mas antes uma oportunidade para amolecer nossos corações endurecidos, que nos conduzirá ao amor pelas pessoas e por Deus.
O racionalismo excessivo dos tempos difíceis em que vivemos, se esforça para nos manter longe do que é místico, de tudo que é sagrado - indizível e além da natureza – mistério.
Como resultado deste estado vem a luz. Por toda parte reina a melancolia e o desespero, ferindo a alma. É tempo de vermos, desde as profundezas de nossos corações que nos tornamos estranho; eis a hora de amadurecer para voltar ao seio do Amor Crucificado.
Muito geralmente durante a Grande Quaresma, tentações, desafios, tribulações e fracassos ocorrem. Isso nos vem para nos tornarmos mais maduros, para adquirirmos equilíbrio e uma natureza como que infantil. Não esqueçamos que a vida do cristão é uma com a Cruz. Sem Crucificação não advêm Ressurreição alguma.
A Grande Quaresma é um belo tempo para preparação, um semi-obscuro corredor conduzindo-nos à câmara plena de luz. Os meios deste tempo preparatório são a oração e o jejum. No entanto, oração e jejum sem humildade e amor não trazem frutos algum. O jejum e a oração têm o objetivo de temperar nosso egoísmo. Não vamos perder esta oportunidade oferecida mais uma vez pela Grande Quaresma, enquanto estamos nos aproximando de seu fim. Na Igreja, nosso problema encontra sua solução. O frio inverno é seguido pela primavera. Depois das nuvens, o tempo ensolarado é ainda mais belo. O Triódio é seguido pelo Pentecostário. E agora, tal como um hino maravilhoso diz, é o ‘tempo de arrependimento e a hora de oração.’
pelo Hieromonge Moíses de Hilandar
Santo Amfilóquio da Lavra de Pochaev
A pessoa que não frequenta a igreja não confessa os seus pecados, não participa da Santa Comunhão, é então privada da graça do Espírito Santo, o que fundamenta o fato de que a maioria da população está psicologicamente doente. É necessário rezar pela doença deste século.
+ S. Paísios, o Atonita, "Spiritual Counsels V".
É somente perto de Cristo que se pode encontrar alegria real e genuína, porque só Cristo dá alegria e consolação reais. Onde Cristo está presente, ali é onde a verdadeira alegria e o deleite do Paraíso estão presentes. Aqueles que estão longe de Cristo não têm verdadeira alegria. Eles fazem planos e sonham: "Eu farei isso. Eu farei aquilo. Eu vou para cá. Eu vou para lá." Eles desfrutam as honrarias mundanas, ou participam de toda sorte de eventos, e são felizes, mas a felicidade que sentem não pode encher suas almas.
Estação em São Lourenço "In Paneperna"
O nome desta igreja é explicada de diversas maneiras. Há quem o fez derivar de uma estatua de deus Pã; outros dizem que provém da família romana Perpanna que morava naquela localidade e da qual havia uma epígrafe na igreja; outros dão-lhe como origem uma senhora chamada Perna, proprietária de uma padaria naquela localidade.
Segundo Tradição, a basílica, foi erigida no lugar do martírio de São Lourenço. "Sua face brilha de majestade e de gloria; de santidade e de magnificência esta repleto o seu santuário" ( Sl 95, 6) faz alusão ao esplendor da igreja sepulcral, intitulada por isso "especiosa", é a santidade do grande arquidiácono romano. "Guardei-me, Senhor, como a pupila dos olhos, e protegei-me a sombra de vossa asas" (Sl; 16, 8), é a oração atribuída a São Loureço em meio ao suplício da grelha.
Jejum e abstinência são inúteis se não acompanhados do fruto das boas obras. Nada são o argumento mais convincente da sinceridade da fé. Nada valem os efeitos dos antepassados; os merecimentos e desmerecimentos são pessoais. Portanto, cada qual deve proceder como membro vivo e frutuoso do Corpo Místico de Jesus Cristo (cf. Ez: 18, 1-9). A Cananéia, representante dos gentios, da exemplo de um comportamento modelo: não se perturba diante da severidade de Nosso Senhor; antes, dela se serve para aumentar sua confiança, obtendo assim a cura da filha (cf. Mt: 15, 21-28). Os sofrimentos são sinal de uma amor predileção de Jesus pela alma.
MARCOS VINÍCIUS FARIA DE MORAES.
Escolas teológicas e a Pentarquia
Parte II
Para melhor entender as escolas teológicas, tocaremos a organização eclesiástica dos primeiros séculos, a pentarquia. As escolas teológicas representa o pensamento cristão que se desenvolve nestes patriarcados.
No Antigo Testamento, o patriarca representa um líder
espiritual e institucional da comunidade judaica. Analogamente, os epíscopos recebem
este titulo durante o período patrístico. Os patriarcas eram autoridade
superior aos metropolitas. No primeiro momento da vida da igreja, destacam-se
três grandes patriarcados: Roma, Antioquia e Alexandria. O
Concilio de Calcedônia (451) erige mais dois patriarcados: Jerusalém e Constantinopla.
A figura do Patriarca designa a autoridade eclesiástica que tem ascendência
jurídica ou honorifica sobre um território eclesial, um rito ou uma Igreja. E o
responsável por um Patriarcado.
Pentarquia primitiva:
1.
Jerusalém: comunidade assistida por São Tiago Apóstolo, o Patriacado-Mae.
2. Antioquia: iniciada por Simão Pedro, comunidade muito desenvolvida nas primeiras
décadas do cristianismo.
3. Roma:
Sede ocidental do Império Romano, lugar do martírio de São Pedro e São Paulo.
4. Constantinopla: iniciada pelo Apóstolo São André, em unidade com a pregação
de São Paulo.
5.
Alexandria: conforme a tradição iniciada por São Marcos, no norte do Egito, grande
escola teológica primitiva.
Marcos Vinicius continuaremos no próximo post.
Estação em São Pedro "ad vincula"
A basílica
de intitula "as correntes"
por que conserva duas cadeias com que foi algemado São Pedro nas prisões de
Jerusalém e Roma. Essas cadeias, segundo a tradição uniram-se milagrosamente em
uma só. Em cf. Ez: 34, 11-16 e Mt: 25, 31-46) lembram o ofício do pastoreio das
almas que Jesus confiou a São Pedro bispo da igreja.
Jesus é o
bom pastor, que instruí as nossas almas com os ensinamentos celestes e, atraindo-as
de todas as partes e de diversas nações, nutre-as com abundantes alimentos nas
pastagens férteis da Igreja (Ez: 34, 11-16).
O Salvador
da aos homens vida sobrenatural da graça mediante o Batismo ou Confissão e
nutre-lhes as almas com suas carnes imaculadas. O fruto principal da Comunhão
seja a caridade que suporta e perdoar os
defeitos e as faltas dos irmãos.
Marcos Vinícius
Faria de Moraes
A Pentarquia e as escolas teológicas
Parte I
As escolas teológicas no período Patrístico são núcleos intelectuais e pastorais vinculados às igrejas locais, sejam dioceses ou patriarcados. Elas se originam a partir de teólogos ou bispos e patriarcas que desenvolveram reflexões referentes aos temas catequético da doutrina cristã.
Estas primeiras escolas eram catequéticas, com base na Bíblia, variando a metodologia é a epistemologia teológica em sua abordagem.
Algumas atingem o alto grau de reflexão e de aprofundamento da fé, que marcam profundamente a vida da Igreja no seu período. Ocorre, porém, se desviam da verdadeira ortodoxia, provocam longas.e dolorosas discurssoes e cismas.
Continuarei no outro post.
Marcos Vinícius
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
São João Crisóstomo
O valor do jejum não consiste na abstinência dos alimentos, mas no retirar as práticas pecaminosas. É como aquele que limita seu jejum apenas a uma abstinência de carnes, é alguém que especialmente despreza o jejum. Você jejua? Então me dê prova disso pelas suas atitudes!
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Estação em Santa Anastácia.
A titular da igreja é celebre Santa Anastácia, mártir da Igreja, comemorada no dia 25 de dezembro na Divina Liturgia da aurora. Originalmente, porém, o título devia ser Anastasis ( Ressurreição), ou então, Anastácia mesmo, mas devido a irmã de Constantino. No primeiro milênio foi a Igreja dos aristocratas de Roma, aos quais se aplicavam, como é crença, a (Is: 55, 6-11 e Mt: 21, 10-17), em razão de sua vida tão diversa da doutrina de Cristo e a sua falta de respeito para com o lugar santo.
A Grande Quaresma, além de tempo de penitência, é também da graça (cf: Is: 55, 6-11), concedido pelo Senhor a "família crista" a fim de que a palavra de Deus produza frutos de boas obras no que escutam. Os penitentes e os fiéis devem velar-se dele para preparar o terreno e torná-lo idôneo para receber a semente. A palavra de Deus age sempre; jamais é vã: ou santifica os corações dos fiéis, ou torna empedernidos os corações que a rejeitam.
Em Is: 55, 6-11 mostra a eficácia da graça naquelas que se convertem e voltam para Deus, enquanto o Evangelho põe em relevo que serão excluídos do reino dos céus os soberbos e os que não expulsam o pecado do próprio coração.
Em Is: 55, 6-11 mostra a eficácia da graça naquelas que se convertem e voltam para Deus, enquanto o Evangelho põe em relevo que serão excluídos do reino dos céus os soberbos e os que não expulsam o pecado do próprio coração.
Marcos Vinícius Faria de Moraes
I Domingo da Grande Quaresma
O Latrão compõe-se da Basílica, do Palácio e do Batistério. A igreja, intitulada áurea em razão de suas riquezas em ouro em mármore, e dedicada a Cristo Salvador; mas no século V foram-lhe acrescentados os títulos de São João Batista e São João Evangelista. O altar papal encerrar a mesa de madeira sobre a qual São Pedro teria celebrado a Divina Liturgia. A Basílica lateranense é a igreja catedral e mãe de todas as outras igrejas de Roma e do mutirão e a única que tem o título de arquibasílica.
Jesus Cristo precedeu-nos o exemplo de uma vitória fragorosa na contínua luta contra o demônio e as três grandes concupiscências: da carne, da sorbeba e da avareza (cf. MT 4, 1-11). Ele quis revestiste-se da nossa luta, o triunfo que obtemos com o auxílio de seus santos Anjos que nos assistem (cf. Sl 90, 15 e 16), e para demonstrar que a tentação não é um mal, mas uma prova e um meio de santificação.
Os meios de consegui vitória são a mortificação dos sentidos, a vigilância sobre os defeitos e em todos os perigos, a oração, " a palavra de Deus" (Cf. II Cor: 6,7) e a Santa Eucaristia da qual haurismo a força de Jesus.
A Tentação
A tentação é uma inclinação ao mal, que o demônio, por ódio contra Deus e contra o homem, excita em nós, direta ou indiretamente por meio das paixões, da fantasia, dos sentidos, dos homens maus e das ocasiões perigosas.
Em si mesma a tentação é indeferente; torna-se pecado somente quando existe o consentimento, isto é, a adesão voluntária ao mal com o pensamento, o desejo é a ação. A sugestão ( ou proposta) e o deleite complacência instantânea), proveniente da tentação, não são pecado, até que não se lhe acrescenta o consentimento da vontade.
As tentações são permitidas por Deus para nós purificarmos, fazer-nos conhecer nossa fraqueza, fortalecer e aperfeiçoar as virtudes, especialmente a humildade, a desconfiança de nós mesmos e o amor de Deus.
Contra a tentação ao pecado grave é necessário reagir com presteza, energia, constância e humildade; às tentações da vaidade, às suspeitas, as invejas, aos ciúmes, a ira, aos afetos... devemos contrapor o desprezo e a indiferença.
Marcos Vinícius Faria de Moraes.
Outras religiões e o Cristianismo.
Quantas religiões existem no mundo? Muitas. Podemos
fornecer um número exato? Não.
Podemos, no entanto, dividir as religiões em três classes:
Estes são a monoteísta, a politeísta, e a panteísta.
A característica das religiões monoteístas é a crença em um
único Deus, e alguns exemplos deste tipo de religião são o
Judaísmo e o Islamismo.
As religiões politeístas são aquelas marcadas pela crença
em muitos deuses, e tais são a adoração das estrelas, o
culto de adoração dos animais, plantas e outros.
As religiões panteístas são o Bramanismo, Budismo, e
outras, e sua característica é a crença de que o universo é
Deus, e que o universo ainda que sendo divino, permanece
passivo e não tem uma personalidade própria.
O Cristianismo é distinto de todas as religiões acima.
Os cristãos acreditam em um Deus, pessoal.
Às vezes as pessoas fazem uma confusão, e em especial os
não cristãos, acusam os cristãos de acreditarem em três
deuses: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
É verdade que acreditamos no Pai, no Filho e no Espírito
Santo, mas estas Três Pessoas são um único Deus. Um
Deus trinitário.
Vamos explicar isso mais tarde, quando lidarmos com as
Três Pessoas da Santíssima Trindade. Neste momento,
devemos ter em mente que o nosso Deus é Um, mas em
Três Pessoas.
O Cristianismo, como já foi dito no primeiro capítulo em
deste catecismo, tem uma origem divina.
Foi revelado ao homem por Deus. Foi revelado e ensinado
ao homem por Cristo, que Sendo perfeito Deus, tornou-se
homem perfeito.
Mas o Cristianismo não foi dado ao homem desde o início,
pois Deus agiu pedagogicamente, de modo parecido como
agem os tutores de uma criança ou em uma melhor
analogia, aos atos dos professores para com os seus
alunos.
Deus então primeiro orientou os homens através do
judaísmo. Quando a plenitude dos tempos veio, então, Ele
enviou Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, que tornando-Se
Homem, ensinou a humanidade a Verdade Plena.
O Judaísmo, ainda que tenha sido ofertado por Deus não
era, nem é, uma religião perfeita.
Este foi mesmo a preparação pedagógica para a Vinda do
Cristo, e seus ensinamentos são úteis apenas se
complementados pelo Cristianismo.
O judaísmo é então como um esboço. Para que este se
torne uma pintura acabada, deve aceitar o Cristianismo. O
judaísmo é o amigo do noivo, mas não é O Esposo.
O Noivo é Cristo e o Cristianismo. O judaísmo é o
anoitecer, não é o Sol. O sol é O Cristo. O Cristianismo é a
luz do dia, o sol brilhante.
O cristianismo ensina a Verdade. Mas de onde vem essa
Verdade?
Ele vem da Revelação Divina, tanto oral como escrita.
A Revelação oral é a Sagrada Tradição, e a revelação escrita
é a Sagrada Escritura, e tanto a Sagrada Tradição quanto a
Sagrada Escritura são iguais em peso.
A Santa Tradição é cronologicamente mais velha do que a
Sagrada Escritura.
Por exemplo, os Profetas falaram primeiro e depois suas
palavras inspiradas eram registradas.
Com O próprio Cristo, temos que as Suas palavras foram
escritas pelos evangelistas, muitos anos depois, alguns anos
depois do Seu sacrifício na Cruz e da Sua Ressurreição. E
os Apóstolos, falaram e ensinaram o Cristianismo, mas
nem todos escreveram cartas.
Só a Sagrada Tradição pode transmitir as verdades divinas
que não estão escritas na Bíblia. E é apenas Santa Tradição
que pode interpretar corretamente as Sagradas Escrituras.
Quando a Sagrada Tradição é rejeitada e apenas as
Escrituras Sagradas são aceitas como a base da nossa fé
(como se as Sagradas Escrituras fossem uma literatura
comum), a unidade da fé é abalada.
E tal erro é o que torna possível o fenômeno das igrejas
protestantes, fenômeno iniciado ainda no século XVI
como um movimento unificado, mas que nos tempos de
hoje se subdivide em mais de vinte mil igrejas, todas
protestantes, mas uma separada da outra, e por muitas
vezes lutando umas contras as outras.
A Santa Tradição nos mantém unidos - ou seja, a autêntica
Santa Tradição.
E a arca da Sagrada Tradição é a própria Igreja. E tal
Verdade explica a admoestação de São Paulo sobre
"manter e conservar as tradições.”.
Então ensinamos inequivocamente que o Cristianismo
caracteriza como fontes da Verdade a Santa Tradição e as
Sagradas Escrituras.
Também caracterizamos as Sagradas Escrituras pela
denominação simples de “Bíblia”. E quando dizemos isso,
estamos considerando a Bíblia como a junção do Antigo
Testamento e do Novo Testamento.
O Antigo Testamento é composto por quarenta e nove
livros, que foram escritos por vários escritores inspirados
por Deus.
Todos estes livros foram escritos em aramaico. Eles foram
traduzidos para o grego e esta tradução é conhecida por
nós como a Septuaginta (Tradução dos Setenta).
O Antigo Testamento é a aliança entre Deus e os hebreus,
a aliança que contém todas as condições em que as pessoas
poderiam ser orientadas para o Cristo e à salvação.
O Novo Testamento é composto de vinte e sete livros,
todos escritos na língua grega, e é a nova aliança entre
Deus e a humanidade, aliança que foi feita com a
encarnação de Cristo e foi assinada e selada com o Seu
sacrifício na Cruz e com a Sua Ressurreição.
Em essência o Cristianismo ensina a Verdade de Cristo,
sendo Ele mesmo a Verdade e a Vida.
Quem quiser estar vivo como um cristão deve permanecer
unido a Cristo, pois Ele é a Videira e os cristãos são os
ramos. Quando está unido com Cristo, o cristão vivencia a
vida em abundância, como seiva da videira.
Ensinamentos Básicos da Fé Ortodoxa, adaptados
do Catecismo do Arcebispo Metropolitano
Sotirios (Metrópole Ortodoxa Grega de Toronto, (Canadá).
Quarta-feira de Cinzas
O rito da benção das
Cinzas abre oficialmente a Grande Quaresma, já começada a á meio-noite. Os
Santos Padres dos primeiros séculos fazem frequentemente referencias á
penitencia in
cinere et cilício (em saco e cinza) dos cristãos, aliás, já em
uso entre os hebreus “Por isso, agora –
oráculo do |Senhor – voltai a mim de todo o vosso coração, com jejuns, lagrimas
e gemidos de luto. Rasgai vossos corações e não vossas vestes; voltai ao Senhor
vosso Deus, por que ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, proto a
arrepender do castigo que aflige”
(Jo 2: 12-13). A verdadeira
penitência publica e oficial foi introduzida na Igreja no século V e VI.
O período da penitência canônica começa na Quarta feria de Cinzas e estendia-se até a
Quarta-feira Santa. Em Roma, no século VII, os penitentes se apresentavam aos
Sacerdotes a isso delegados, faziam confissão e, se era só o caso, recebiam uma veste de saco, coberta de
cinzas, ficando impedidos de entrar na igreja e com ordem de retirar-se a algum
mosteiro onde pudessem cumprir a penitência
da Grande Quaresma.
Em outros lugares, os
penitentes cumpriam na própria casa a penitência imposta. E, porém, uso geral
começar a Grande Quaresma com a confissão, não só para purificar a alma, mas
também para poder receber mais frequentemente os Santos Mistérios no período
sagrado.
No século X, caindo em
desuso à penitência publica, introduziu-se o costume de impor as cinzas também
aos fieis, uso que bem cedo se generalizou e foi aprovado por Urbano II
(1042-1099).
As Cinzas se obtém
queimando as palmas e oliveiras bentas no ano precedente no Domingo de Ramos,
são símbolo da morte e da caducidade das criaturas, (as quais o pecador se
volta quando comete o pecado): elas mesmas admoestam-no a voltar a Deus com
a penitência sacramental e a humanidade. Aos fiéis que as
recebem com devoção, o sacramental da imposição das Cinzas obtém a verdadeira compunção,
o perdão dos pecados, a saúde da alma e
do corpo, a vitoria sobre os espíritos
malignos e, sobretudo, a graça que santifica a Grande Quaresma.
Marcos Vinícius Faria de Moraes
Bibliografia:
GRAMAGLIA, pe. Irineu; DALBOSCO, fr. Pascoal. Missal
Romano. 3ª Edição. São Paulo: Editoras Paulinas, 1963.
JARUSSI,
p. Gerardus. Bíblia Ave Maria. 176ª Edição. São Paulo: Editora Ave
Maria, 2007.
S. Marcos, o Asceta.
A Graça é dada misticamente àqueles que foram batizados em Cristo; e ela se torna ativa dentro deles na medida em que observam ativamente os mandamentos. A Graça nunca cessa de nos ajudar secretamente; mas fazer o bem — tanto quanto está ao nosso alcance — depende de nós.
"On Those who Think that They are Made Righteous by Works", 61. (Philokalia, vol. I. Faber & Faber, p. 130.)
São Paísios o Atonita.
O silêncio ajuda na vida espiritual. É bom que alguém pratique o silêncio por cerca de uma hora por dia: testar-se, reconhecer suas paixões e lutar para cortá-las, purificar seu coração. É muito bom se houver uma sala silenciosa na casa, que lhe dê a sensação de uma cela monástica. Lá, "em segredo", ele é capaz de fazer a sua manutenção espiritual, estudar e orar. Um pequeno estudo espiritual feito antes da oração ajuda muito. A alma aquece e a mente é transportada para o reino espiritual. É por isso que, quando uma pessoa tem muitas distrações durante o dia, ele deve se alegrar se ele tiver dez minutos para a oração, ou mesmo dois minutos para ler algo, de modo a afastar as distrações.
A Tradição na Igreja Ortodoxa.
O tema Tradição na Igreja Ortodoxa abrange a Tradição Apostólica, a Tradição Patrística e as Tradições nascidas da vivência na fé da própria Igreja, de suas contribuições locais e confirmadas universalmente. Nesta primeira parte, trataremos da definição mais geral do que é a Tradição, e uma exposição sobre a Tradição Apostólica.
Ensinamentos Básicos da Fé Ortodoxa, adaptados do Catecismo do Arcebispo Metropolitano Sotirios (Metrópole Ortodoxa Grega de Toronto, (Canadá).
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Outras religiões e o Cristianismo.
Quantas religiões existem no mundo? Muitas. Podemos
fornecer um número exato? Não.
Podemos, no entanto, dividir as religiões em três classes:
Estes são a monoteísta, a politeísta, e a panteísta.
A característica das religiões monoteístas é a crença em um
único Deus, e alguns exemplos deste tipo de religião são o
Judaísmo e o Islamismo.
As religiões politeístas são aquelas marcadas pela crença
em muitos deuses, e tais são a adoração das estrelas, o
culto de adoração dos animais, plantas e outros.
As religiões panteístas são o Bramanismo, Budismo, e
outras, e sua característica é a crença de que o universo é
Deus, e que o universo ainda que sendo divino, permanece
passivo e não tem uma personalidade própria.
O Cristianismo é distinto de todas as religiões acima.
Os cristãos acreditam em um Deus, pessoal.
Às vezes as pessoas fazem uma confusão, e em especial os
não cristãos, acusam os cristãos de acreditarem em três
deuses: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
É verdade que acreditamos no Pai, no Filho e no Espírito
Santo, mas estas Três Pessoas são um único Deus. Um
Deus trinitário.
Vamos explicar isso mais tarde, quando lidarmos com as
Três Pessoas da Santíssima Trindade. Neste momento,
devemos ter em mente que o nosso Deus é Um, mas em
Três Pessoas.
O Cristianismo, como já foi dito no primeiro capítulo em
deste catecismo, tem uma origem divina.
Foi revelado ao homem por Deus. Foi revelado e ensinado
ao homem por Cristo, que Sendo perfeito Deus, tornou-se
homem perfeito.
Mas o Cristianismo não foi dado ao homem desde o início,
pois Deus agiu pedagogicamente, de modo parecido como
agem os tutores de uma criança ou em uma melhor
analogia, aos atos dos professores para com os seus
alunos.
Deus então primeiro orientou os homens através do
judaísmo. Quando a plenitude dos tempos veio, então, Ele
enviou Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, que tornando-Se
Homem, ensinou a humanidade a Verdade Plena.
O Judaísmo, ainda que tenha sido ofertado por Deus não
era, nem é, uma religião perfeita.
Este foi mesmo a preparação pedagógica para a Vinda do
Cristo, e seus ensinamentos são úteis apenas se
complementados pelo Cristianismo.
O judaísmo é então como um esboço. Para que este se
torne uma pintura acabada, deve aceitar o Cristianismo. O
judaísmo é o amigo do noivo, mas não é O Esposo.
O Noivo é Cristo e o Cristianismo. O judaísmo é o
anoitecer, não é o Sol. O sol é O Cristo. O Cristianismo é a
luz do dia, o sol brilhante.
O cristianismo ensina a Verdade. Mas de onde vem essa
Verdade?
Ele vem da Revelação Divina, tanto oral como escrita.
A Revelação oral é a Sagrada Tradição, e a revelação escrita
é a Sagrada Escritura, e tanto a Sagrada Tradição quanto a
Sagrada Escritura são iguais em peso.
A Santa Tradição é cronologicamente mais velha do que a
Sagrada Escritura.
Por exemplo, os Profetas falaram primeiro e depois suas
palavras inspiradas eram registradas.
Com O próprio Cristo, temos que as Suas palavras foram
escritas pelos evangelistas, muitos anos depois, alguns anos
depois do Seu sacrifício na Cruz e da Sua Ressurreição. E
os Apóstolos, falaram e ensinaram o Cristianismo, mas
nem todos escreveram cartas.
Só a Sagrada Tradição pode transmitir as verdades divinas
que não estão escritas na Bíblia. E é apenas Santa Tradição
que pode interpretar corretamente as Sagradas Escrituras.
Quando a Sagrada Tradição é rejeitada e apenas as
Escrituras Sagradas são aceitas como a base da nossa fé
(como se as Sagradas Escrituras fossem uma literatura
comum), a unidade da fé é abalada.
E tal erro é o que torna possível o fenômeno das igrejas
protestantes, fenômeno iniciado ainda no século XVI
como um movimento unificado, mas que nos tempos de
hoje se subdivide em mais de vinte mil igrejas, todas
protestantes, mas uma separada da outra, e por muitas
vezes lutando umas contras as outras.
A Santa Tradição nos mantém unidos - ou seja, a autêntica
Santa Tradição.
E a arca da Sagrada Tradição é a própria Igreja. E tal
Verdade explica a admoestação de São Paulo sobre
"manter e conservar as tradições.”.
Então ensinamos inequivocamente que o Cristianismo
caracteriza como fontes da Verdade a Santa Tradição e as
Sagradas Escrituras.
Também caracterizamos as Sagradas Escrituras pela
denominação simples de “Bíblia”. E quando dizemos isso,
estamos considerando a Bíblia como a junção do Antigo
Testamento e do Novo Testamento.
O Antigo Testamento é composto por quarenta e nove
livros, que foram escritos por vários escritores inspirados
por Deus.
Todos estes livros foram escritos em aramaico. Eles foram
traduzidos para o grego e esta tradução é conhecida por
nós como a Septuaginta (Tradução dos Setenta).
O Antigo Testamento é a aliança entre Deus e os hebreus,
a aliança que contém todas as condições em que as pessoas
poderiam ser orientadas para o Cristo e à salvação.
O Novo Testamento é composto de vinte e sete livros,
todos escritos na língua grega, e é a nova aliança entre
Deus e a humanidade, aliança que foi feita com a
encarnação de Cristo e foi assinada e selada com o Seu
sacrifício na Cruz e com a Sua Ressurreição.
Em essência o Cristianismo ensina a Verdade de Cristo,
sendo Ele mesmo a Verdade e a Vida.
Quem quiser estar vivo como um cristão deve permanecer
unido a Cristo, pois Ele é a Videira e os cristãos são os
ramos. Quando está unido com Cristo, o cristão vivencia a
vida em abundância, como seiva da videira.
Ensinamentos Básicos da Fé Ortodoxa, adaptados
do Catecismo do Arcebispo Metropolitano
Sotirios (Metrópole Ortodoxa Grega de Toronto, (Canadá).
Estação de São Trifão.
A igreja de São Trifão, edificada pelo célebre Crescêncio, prefeito de Roma (957), foi destruída quando da construção do novo convento agostiniano e a estação foi transferida para a igreja do Bem-aventurado Agostinho, Seria nas proximidades. A escolha do Evangelho foi motivada pelos números milagres que os fiéis obrigada obtinham na sepultura do Martí.
A igreja relembra os três grandes exercícios da Grande Quaresma, inculcados nos três primeiros dias: o jejum que visa incrementar a vida interior e purificar o coração, a desfazer os grilhões do pecado e lutar contra os ventos das paixões (cf. Mc 6, 47-56); a oração recolhida e devota que presta a Deus o culto interno e externo que lhe é devido (cf. Mc 58, 9-15); e obtém a graça de celebrar devidamente o solene jejum, instituído para o bem de alma e do corpo; a esmola que compreende as obras de misericórdia espirituais e corporais. Executando com fervor estes exercícios, podemos cada dia oferecer a Deus um dom agradável, símbolo do amor que lhe consagramos.
Marcos Vinícius Faria de Moraes
Bibliografia:
GRAMAGLIA, pe. Irineu; DALBOSCO, fr. Pascoal. Missal
Romano. 3ª Edição. São Paulo: Editoras Paulinas, 1963.
JARUSSI,
p. Gerardus. Bíblia Ave Maria. 176ª Edição. São Paulo: Editora Ave
Maria, 2007.
Estação São João e Paulo.
A tradição que a basílica que traz este título foi construída por Bisante e seu filho Pamáquio sobre a casa onde os Santos João e Paulo foram martirizados e sepultados no ano de 362. O Evangelho (cf. MT 5, 43-48; 6, 1-4) é o pós comunhão "Infundir em nós, Senhor, o espírito de vossa caridade, para que, por vossa misericórdia caminhem sempre na concórdia aqueles que alimentais com o mesmo pão celestial..." (GRAMAGLIA e DALBOSCO, 1963). Aludem ao gesto de Pamáquio o qual, por ocasião de ereção da igreja com consciência pura e espírito reto, distribuiu suas posses aos pobres e mandou construir, em Porto, um asilo para peregrinos e enfermos.
Marcos Vinícius Faria de Moraes
Bibliografia:
GRAMAGLIA, pe. Irineu; DALBOSCO, fr. Pascoal. Missal
Romano. 3ª Edição. São Paulo: Editoras Paulinas, 1963.
JARUSSI,
p. Gerardus. Bíblia Ave Maria. 176ª Edição. São Paulo: Editora Ave
Maria, 2007.
Estação Sao Jorge
A igreja de São Jorge, no Valabro, anterior só século VI, foi restaurada por Leão II ( que acrescentou o titulo de São Sebastião) e foi eregida em estação por Gregório II (669-731). No centurião do Evangelho é fácil reconhecer um alusão a São Jorge e a São Sebastião.
O primeiro é mais importante exercício da Grande Quaresma é a oração assídua e fervorosa: é o meio mais simples e eficaz de obter graças e alcançar a proteção Celeste contra os inimigos da alma e do corpo, a fortaleza nas tribulações da vida. (Cf. Sl 54, 17 e 23 "Lança em Deus nos teus cuidados e ele mesmo te nutrira" e "Quando clamei ao Senhor, ele ouviu a minha voz e livrou-me dos que me perseguiam". O perdão dos pecados e o afastamento dos castigos de Deus. O rei Ezequias com a oração alcançou de Deus o prolongamento da vida (cf. Is 38, 1-6), e o cinturão obteve a cura do seu servo.
Marcos Vinícius Faria de Moraes
Bibliografia:
GRAMAGLIA, pe. Irineu; DALBOSCO, fr. Pascoal. Missal
Romano. 3ª Edição. São Paulo: Editoras Paulinas, 1963.
JARUSSI,
p. Gerardus. Bíblia Ave Maria. 176ª Edição. São Paulo: Editora Ave
Maria, 2007.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Estação Santa Sabina
A basílica de Santa Sabina é a jóia do monte Aventino e foi fundado por um sacerdote ilirico de nome Pedro, sob o pontificado de Celestino I (380 - 432). O nome derivou da matrona Romana Sabina que pos sua casa a disposição do cristãos para suas reuniões. Santa Sabina sofreu martírio no tempo do imperador Adriano.
A liturgia de hoje marca "o início da veneranda solenidade do jejum" "sei, Senhor, que o s vossos fiéis, iniciem com a devida piedade as santas solenidades dos jejuns, e nelas perserverem com devoção sincera". (GRAMAGLIA e DALBOSCO, 1963). E do " venerável sacramento pascal" (fazei, Senhor, que estejamos preparados para vos oferecer convenientemente estes dons, pelo quais celebramos o início da venerável liturgia quaresmal" (GRAMAGLIA e DALBOSCO, 1963).
A humildade e a sinceridade de coração,, a alegria do espírito e a fuga da ostentação, caracterizam a penitência e o jejum (cf. MT 6, 16-21). Pois Senhor não olha para as exterioridades, quais sejam o arrancar os cabelos rasgar os vestidos e cobrir-se de cinzas, mas quer a reforma íntima da vida (cf: Jl 2, 12-19). Comecemos a Grande Quaresma com grande confiança, porque, por ímpio que tenha sido, que se arrepende jamais é rejeitado pela misericórdia divina.
Marcos Vinícius Faria de Moraes
Bibliografia:
GRAMAGLIA, pe. Irineu; DALBOSCO, fr. Pascoal. Missal
Romano. 3ª Edição. São Paulo: Editoras Paulinas, 1963.
JARUSSI,
p. Gerardus. Bíblia Ave Maria. 176ª Edição. São Paulo: Editora Ave
Maria, 2007.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Metropolita de Atanásio de Limassol
Quando estamos desnecessariamente ansiosos e preocupados com o que está acontecendo ao nosso redor, estamos insultando nosso Pai Celestial. É como dizer a Ele que estamos mais preocupados com o que está acontecendo que [ocupados] com Ele.
Quando tivemos grandes dificuldades em nosso mosteiro, chegamos ao nosso ancião, o Padre José de Vatopedi, e então perguntei-lhe: "Pai, o que acontecerá agora, quando tantas tentações nos cercarem? Para onde vamos?" Então o ancião acalmou-nos: "Não tenham medo! Não haverá nada mais, nada menos do que o que a vontade de Deus".
E como o Senhor sabe o que será, devemos manter a paz mental e dizer: "Que a Tua vontade será feita [meu Senhor]".
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Bem-aventurado Agostinho de Hipona.
- Deus, por quem tende a ser tudo aquilo que por si só não existiria. Deus, que não permites que pereça nem mesmo aquilo que se destrói. Deus, que do nada criaste este mundo, o qual acham belíssimo os olhos de todos os que o contemplam. Deus, que não fazes o mal e fazes que este não seja pior. Deus, que mostras aos poucos, que se aproximam do que é verdadeiro, que o mal é nada. Deus, por quem todas as coisas são perfeitas, ainda com a parte que lhes toca de imperfeição. Deus, por quem se atenua ao máximo qualquer dissonância quando as coisas piores se harmonizam com as melhores. Deus, a quem amam, consciente ou inconscientemente, todos os que possam amar. Deus, em quem todas as coisas subsistem e para quem, contudo, não é torpe a torpeza de qualquer criatura, a quem não prejudica a sua malícia nem o afasta o seu erro. Deus, que não quiseste que conhecessem a verdade senão os puros. Deus, Pai da verdade, Pai da sabedoria, Pai da verdadeira e suprema vida, Pai da felicidade, Pai do que é bom e belo, Pai da luz inteligível, pai do nosso desvelo e iluminação, Pai da garantia pela qual somos aconselhados a retornar a ti.
- Eu te invoco, Deus Verdade, em quem, por quem e mediante quem é verdadeiro tudo o que é verdadeiro. Deus Sabedoria, em quem, por quem e mediante quem têm sabedoria todos os que sabem. Deus, verdadeira e suprema Vida, em quem, por quem e mediante quem tem vida tudo o que goza de vida verdadeira e plena. Deus Felicidade, em quem, por quem e mediante quem são felizes todos os seres que gozam de felicidade. Deus Bondade e Beleza, em quem, por quem e mediante quem é bom e belo tudo o que tem bondade e beleza. Deus Luz inteligível, em quem, por quem e mediante quem tem brilho inteligível tudo o que brilha com inteligência. Deus, cujo reino é o mundo inteiro, a quem o sentido não percebe. Deus, de cujo reino procede também a lei para os reinos da terra. Deus, de quem separar-se significa cair, a quem retornar significa levantar-se, em quem permanecer significa ser firme. Deus, de quem afastar-se é morrer, ao qual voltar é reviver, em quem habitar é viver. Deus, a quem ninguém deixa senão enganado, a quem ninguém busca senão estimulado para isso, a quem ninguém encontra senão purificado. Deus, a quem abandonar é o mesmo que perecer, a quem acatar é o mesmo que amar, a quem ver é o mesmo que possuir. Deus, a quem a fé nos estimula, a esperança nos eleva, o amor nos une. Eu te invoco, Deus, por quem vencemos o inimigo. Deus, de quem recebemos o fato de não perecermos totalmente. Deus, por quem somos admoestados a estar atentos. Deus, por quem discernimos as coisas boas das más. Deus, por quem evitamos as coisas más e seguimos as boas. Deus, por quem não caímos diante das adversidades. Deus, por quem prestamos bom serviço e nos portamos bem. Deus, por quem aprendemos que é de outros o que às vezes julgávamos ser nosso e que nos pertence o que às vezes julgávamos ser de outros. Deus, por quem não aquiescemos às artimanhas e seduções dos maus. Deus, por quem as pequeninas coisas não nos diminuem. Deus, por quem o que há de melhor em nós não está sujeito ao que há de pior. Deus, por quem a morte é absorvida na vitória. Deus, que nos convertes. Deus, que nos despes daquilo que não é e nos revestes daquilo que é. Deus, que nos fazes dignos de ser ouvidos. Deus, que nos fortificas. Deus, que nos atrais para toda verdade. Deus, que nos falas tudo o que é bom, não nos fazes de tolos nem permites que quem quer que seja nos faça de tolos. Deus, que nos chamas para o caminho. Deus, que nos levas à porta. Deus, que fazes com que a porta seja aberta aos que batem. Deus, que nos dás o pão da vida. Deus, por quem temos sede de uma bebida que, uma vez tomada, faz que nunca mais tenhamos sede. Deus, que acusas o mundo do pecado, justiça e juízo. Deus, por quem não nos induzem aqueles que não creem. Deus, por quem censuramos o erro dos que julgam que não há méritos das almas junto a ti. Deus, por quem não servimos aos elementos covardes e miseráveis. Deus, que nos purificas e nos preparas para os prêmios divinos, achega-te a mim com benevolência.
- "Solilóquios", livro I, cap. 1. (Paulus, Coleção Patrística, vol. 11, pp. 16-18.)
Assinar:
Postagens (Atom)