quinta-feira, 28 de março de 2024

O Cordeiro imolado libertou-nos da morte para a vida

 Muitas coisas foram preditas pelos profetas sobre o mistério da Páscoa, que é Cristo, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gl 1,5). Ele desceu dos céus à terra para curar a enfermidade do homem; revestiu-se da nossa natureza no seio da Virgem e se fez homem; tomou sobre si os sofrimentos do homem enfermo num corpo sujeito ao sofrimento, e destruiu as paixões da carne; seu espírito, que não pode morrer, matou a morte homicida.


Foi levado como cordeiro e morto como ovelha; libertou-nos das seduções do mundo, como outrora tirou os israelitas do Egito; salvou-nos da escravidão do demônio, como outrora fez sair Israel das mãos do faraó; marcou nossas almas com o sinal do seu Espírito e os nossos corpos com seu sangue.

Foi ele que venceu a morte e confundiu o demônio, como outrora Moisés ao faraó. Foi ele que destruiu a iniqüidade e condenou a injustiça à esterilidade, como Moisés ao Egito.


Foi ele que nos fez passar da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da morte para a vida, da tirania para o reino sem fim, e fez de nós um sacerdócio novo, um povo eleito para sempre. Ele é a Páscoa da nossa salvação.


Foi ele que tomou sobre si os sofrimentos de muitos: foi morto em Abel; amarrado de pés e mãos em Isaac; exilado de sua terra em Jacó; vendido em José; exposto em Moisés; sacrificado no cordeiro pascal; perseguido em Davi e ultrajado nos profetas.

Foi ele que se encarnou no seio da Virgem, foi suspenso na cruz, sepultado na terra e, ressuscitando dos mortos, subiu ao mais alto dos céus.

Foi ele o cordeiro que não abriu a boca, o cordeiro imolado, nascido de Maria, a bela ovelhinha; retirado do rebanho, foi levado ao matadouro, imolado à tarde e sepultado à noite; ao ser crucificado, não lhe quebraram osso algum, e ao ser sepultado, não experimentou a corrupção; mas ressuscitando dos mortos, ressuscitou também a humanidade das profundezas do sepulcro.





Da Homilia sobre a Páscoa, de Melitão de Sardes, bispo (Séc.II).

São Hilário, o Novo 28 #março2024

 



O monge Hilário, o Novo, Higúmeno do Mosteiro de Pelikition, desde a juventude dedicou-se ao serviço de Deus e passou muitos anos como eremita. Por causa de sua vida santa e imaculada, primeiro lhe foi concedida a dignidade de presbítero, e mais tarde ele foi feito higúmeno do mosteiro Pelikition (nas proximidades do Estreito de Dardanelos).  

O monge Hilário recebeu do Senhor dons de perspicácia e maravilha. Pelo poder agraciado da oração ele trouxe chuva durante um período de seca, e como o Profeta Elias, ele separou as águas de um rio, livrou animais nocivos dos campos, encheu as redes de pescadores durante um tempo de pescaria sem sorte, e operou muitos outros milagres. Além disso, ele foi glorificado pelo dom de curar os doentes e expulsar os demônios. O monge padeceu no ano 754, na Quinta-feira Santa da Semana Santa, quando o militar mercenário, Lakhanodrakon - que para receber recompensa dos iconoclastas, caçava os veneradores dos Ícones, repentinamente atacou o mosteiro Pelikition, forçando sos monges a se dirigirem para a igreja no horário dos serviços divinos, interrompendo o serviço e jogando os Santos Presentes no chão. Quarenta e dois monges foram presos, acorrentados, despachados para o distrito de Edessa e assassinados. Os monges remanescentes sofreram horríveis mutilações, espancaram-nos, queimaram suas barbas com fogo, mancharam seus rostos com alcatrão e cortaram o nariz de alguns dos confessores. Durante o tempo desta atormentadora perseguição, o monge Hilário foi assassinado por causa de sua veneração aos ícones. 

Como legado, o monge Hilário deixou obras espirituais, nas quais estão contidas diretrizes morais profundas sobre o ascetismo espiritual. O monge Joseph de Volotsk (comem. 9 de setembro e 18 de outubro) estava bem familiarizado com o trabalho do monge Hilarion, e em seus próprios trabalhos teológicos ele também expôs o significado do esforço monástico.

Salmo 50

 

1Ao mestre de canto. Salmo de Davi,*

2.quando o profeta Natã foi encontrá-lo, após o pecado com Betsabé.

3.Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade.

4.Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.

5.Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.

6.Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.*

7.Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.

8.Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.

9.Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.*

10.Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes.

11.Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.

12.Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.

13.De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.

14.Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.

15.Então, aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.

16.Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.*

17.Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.

18.Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.

19.Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.

20.Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.*

21.Então, aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.





A oração de ver ser breve e pura

 Por isso, a oração deve ser breve e pura, a não ser que, por ventura, venha a prolongar-se por um afeto de inspiração da graça divina. 

(Regra de São Bento, 20, 5).

Dogmas Marianos na iconografia

 





quarta-feira, 27 de março de 2024

Quem encontrou uma boa esposa adoçou sua vida


“Hesite muito antes de escolher sua esposa!  Não pense na beleza, porque ela passa.  Pense na família!  Você se casa para ser feliz, não para ser infeliz.  É tudo uma questão de não se casar, mas de ser feliz durante o casamento.  E você ficará feliz quando encontrar um bom companheiro.  “Quem encontrou uma boa esposa adoçou a sua vida” (Provérbios 18, 22).


 (Arquimandrita Vasilios Bacoianis)

De que nem toda a observância da justiça se acha estabelecida nesta Regra




 Escrevemos esta Regra para demonstrar que os que a observamos nos mosteiros, temos alguma honestidade de costumes ou algum início de vida monástica.  Além disso, para aquele que se apressa para a perfeição da vida monástica, há as doutrinas dos Santos Padres, cuja observância conduz o homem ao cume da perfeição.  Que página, com efeito, ou que palavra de autoridade divina no Antigo e no Novo Testamento não é uma norma retíssima da vida humana?  Ou que livros dos Santos Padres Católicos ressoam outra coisa senão o que nos faça chegar, por caminho direto, ao nosso Criador?  E também as Colações dos Padres, as Instituições e suas Vidas, e também a Regra de nosso santo Pai Basílio,  que outra coisa são senão instrumentos das virtudes dos monges que vivem bem e são obedientes?  Mas para nós, relaxados, que vivemos mal e somos negligentes, são o rubor da confusão.  Tu, pois, quem quer que sejas, que te apressas para a pátria celeste, realiza com o auxílio de Cristo esta mínima Regra de iniciação aqui escrita  e, então, por fim, chegarás, com a proteção de Deus, aos maiores cumes da doutrina e das virtudes de que falamos acima. Amém.


Santa Regra de São Bento capitulo 73.

Qual é a causa do batismo?


Introduzir o homem na Igreja e fazê-lo digno de receber o Corpo e o Sangue de Cristo. É por isso que o Batismo se conecta com a divina Eucaristia.





Uma só morte redentora, uma só ressurreição dos mortos

   A economia da salvação de Deus nosso Salvador consiste em levantar o homem da sua queda e fazê-lo voltar à intimidade divina, libertando-o da alienação a que o levara a desobediência. A vinda de Cristo segundo a carne, o exemplo da sua vida evangélica, a paixão, a cruz, a sepultura e a ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para que ele, imitando a Cristo, recuperasse a primitiva adopção filial.


   Portanto, para atingir a vida perfeita, é necessário seguir a Cristo, não apenas nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que nos deu durante a sua vida, mas também na sua própria morte, como diz São Paulo, o imitador de Cristo: Assemelhando-me a Ele na sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos.


   Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo na sua morte? Sepultando-nos com Ele pelo Baptismo. Em que consiste esta sepultura e qual é o fruto desta imitação? Antes de mais, trata-se de cortar com a vida passada. Mas ninguém pode conseguir isto, se não renascer de novo, segundo a palavra do Senhor, porque o renascimento, como o nome indica, é o começo de uma vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é necessário pôr fim à antiga. Assim como no estádio, aqueles que chegam ao fim da primeira parte da corrida costumam ter uma pequena pausa e descanso antes de iniciar o regresso, do mesmo modo era necessário que nesta mudança de vida interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar novo caminho.


   E como podemos imitar a Cristo na sua descida à região dos mortos? Imitando pelo Baptismo a sepultura de Cristo. Porque o corpo dos baptizados fica de certo modo sepultado na água. Por isso o Baptismo simboliza a deposição das obras da carne, segundo as palavras do Apóstolo: Fostes circuncidados com uma circuncisão que não é feita pela mão dos homens, tendo-vos despojado do corpo mortal pela circuncisão de Cristo, sepultados com Ele no Batismo.


   Ora o Baptismo purifica a alma das manchas que nela se acumularam por causa das tendências carnais, segundo o que está escrito: Lavai-me e ficarei mais branco do que a neve. Por isso reconhecemos um só Baptismo salvador, já que é uma só a morte que resgata o mundo e uma só a ressurreição dos mortos, das quais é figura o Batismo.






                                           Do Livro de São Basílio Magno, bispo, sobre o Espírito Santo

                                                    (Cap. 15, 35: PG 32, 127-130) (Sec. IV)

terça-feira, 26 de março de 2024

Arcanjo Gabriel

 Comandante Supremo Gabriel, tu és o glorioso intercessor e servo diante da Trindade todo-radiante, digna, todo-poderosa, infinita e impressionante. Reze sempre agora para que sejamos libertos de todas as tribulações e tormentos, para que possamos clamar a ti: “Alegra-te, proteção dos teus servos!”