O espaço sagrado para a celebração cristã é um espaço de silêncio, assim a liturgia manifesta Deus entre os homens. Para celebrar a eucaristia com o povo de Deus, reuni-se geralmente na igreja, ou na falta, ou insuficiência dela, em outros lugares conveniente, digno de tão grande mistério. Porém, todas as igrejas têm que ser dedicada ou abençoada. Já nas catedrais e paróquia sejam solenemente dedicadas. O povo reuniu-se para a Missa, que é composta por uma assembléia orgânica e hierárquica que se exprime pelas suas funções e ações, em cada parte da celebração. Por isso convém, a disposição geral do edifício sagrado seja que ofereça uma imagem da assembléia reunida. Também é chamado de lugar do Sacramento do Irmão, onde no primeiro milênio, até por volta do século XIV – XV, não existiam bancos nas edificações das igrejas, isto vale até hoje para as igrejas de rito oriental. A liturgia, quando a Igreja era uma, é, sobretudo dinâmica. Mas no passado os povos reuniam-se em torno do ambão, para a primeira parte (a palavra) e na segunda parte a (eucaristia) sempre em torno do altar. Assim caminhavam peregrinando, do lavabo até o altar, o apogeu do rito, o elance do Divino com o humano. Ao passar com o tempo as igrejas foram transformando-se em lugares de grandes corais e de grandes homilias retórica, quase um teatro. Aquilo que era comum no início do cristianismo vai se perdendo pela história. O presbitério é o lugar, onde se encontra o altar, de onde é proclamados a Palavra de Deus, e o sacerdote, o diácono e os demais ministros exerçam o seu ministério. O prebistério deve dar ainda a idéia de estar inserido na assembléia. Nas pequenas capelas este desnível e até desnecessário. Deve haver unidade entre o prebistério e o povo, pois o sacerdote e ministros formam, com os fiéis, um só povo de batizados. O altar aparece com o sentido da totalidade, da pureza virginal. O sacrifício cristão, como na maioria dos sacrifícios pagãos do Antigo Testamento, inclui a manducação (manducar = comer, mastigar) da vítima. Comer os dons e beber, o sangue dos sacrifícios, colocando diante do altar, eram oferecidos à divindade que significava entrar em comunhão com a divindade sobre qual se ofereceu os dons. No Antigo Testamento o altar é antes de tudo a mesa sagrada ceia do Senhor, ligado ao sacrifício da cruz. O sacrifício cristão é um sacrifício espiritual de ação de graças com Cristo, que oferecemos o nosso coração, reconhecendo a Deus como Criador e Senhor. O altar para os cristãos é a mesa do sacrifício, realizado em formas de ceia eucarística. Onde se torna presente o sacrifício da cruz, sob os sinais sacramentais para que participamos, é igualmente a mesa do Senhor cuja participação do povo de Deus é convidado. O altar tornou-se símbolo do próprio Cristo. Onde se torna presente na atitude sacrifical da cruz, e também se torna se presente como pão vivo descido dos céus. A liturgia tem uma veneração particular com o altar, porque representa Cristo: é como Cristo è Ungido do Senhor, assim o altar é consagrado pelo bispo com um rito sugestivo que recorda os três sacramentos da iniciação cristã. O presidente e os concelebrantes no início beijam o altar, em sinal de veneração. O presidente ao sair do altar, venera-o, por via de regra, beijando-o. Também em reverência para com a celebração do Senhor é o banquete em que se comungam o seu Corpo e Sangue, ponha sobre o altar onde se celebra aos menos uma toalha de cor branca, que combine por seu formato, tamanho e decoração. O ambão está no centro físico (das igrejas) o omphalo (umbigo, lugar do Logos). Portanto requer a dignidade da Palavra de Deus, na igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciado e para onde se voltam espontaneamente à atenção dos fiéis na liturgia da palavra. Mas convém que esse lugar seja uma estrutura estável e não uma simples estante móvel. Que seja disposto de tal modo em relação à forma da igreja que os ministros possam ser vistos e ouvidos pelos fiéis. E também do ambão são proferidas as leituras; o salmo responsório e o exultet pascal. E se for conveniente, a homilia e a oração universal ou dos fiéis. Portanto não é aconselhável que se use o ambão pelo comentador; pelo cantor ou maestro. A ornamentação do ambão dever ser decorado com sobriedade. A sede do presidente da celebração tem que manifestar a sua função de presidir o povo e para dirigir a oração. Porém, o seu lugar mais apropriado é de frente para a assembléia no fundo do prebistério. A não ser que as estruturas do templo o impeçam. Mas devemos evitar toda espécie de trono. O Evangeliário é como as Sagradas espécies do Tabernáculo, como é o próprio Cristo, é portanto, com igual dignidade, e deve ser respeitado. O interessante que o Evangeliário fica durante o dia sobre a cátedra. A tradição da Igreja e as rubricas envolvem a proclamação do Logos (palavra) com um certo cerimonial. Mas há alguns elementos que dizem a respeito a esse cerimonial que são diversos. Porém, há objetos, como o lecionário e o Evangeliário. Há também lugares, como o ambão, lugar do Logos (palavra), que corresponde ao Altar, lugar da eucaristia No rito, como de entronização do Evangeliário sobre o altar e a procissão que leva o Evangeliário do altar ao ambão. Na tradição, de que é a Sabedoria do passado, ensina acerca de honrar o livro que estar o Logos (palavra de Jesus). Desde o século V-VI, alguns livros são escritos com letras de ouro sobre o pergaminho de cor púrpura. Nos Evangeliários que a arte da iluminara atinge o ápice do seu esplendor, já as capas são surpreendente suntuosas. Os livros dos Evangelhos são decorados com ouro, prata e pedra preciosas. Nela resplandece o ouro da sabedoria celeste, brilha a prata da eloqüência da fé, que cintilam as pedras preciosas dos milagres operados pelas mãos de Cristo. O importante não pode esquecer que o Evangeliário e o sinal do próprio Cristo, o lugar onde se realizam os mistérios da salvação e, como que o centro da assembléia dos fiéis, ao qual deve-se o maior respeito. Entre as procissões que se realizam durante a Missa, a do Evangelho deveria ser a mais festiva e a mais alegre. A procissão de entrada, a das oferendas e da comunhão, tem por finalidade satisfazer uma necessidade prática, a procissão do Evangelho, que tem por finalidade principal a glorificação de Cristo na sua Palavra e a aclamação de sua presença. O ensinamento da tradição nos mostra que o padre, de pé fica diante do altar, levando–o o Evangeliário e o mostra a assembléia significando assim a presença do Salvador quando Ele começou a manifestar as multidões. O Evangelho é o próprio Cristo. Por isso cantamos o hino depois da apresentação e da entrada do Evangelho, como que para proclamar que, vindo o Cristo para o meio de nós, estabeleceu-nos com os anjos nos coros angélicos. Tudo isto se encontra na liturgia oriental. Na tradição bíblica a luminária acende-se na tenda de reunião, para queimar Diante do Senhor. No mesmo lugar onde se encontra o candelabro de ouro, de sete braços, que mais tarde tornou-se o próprio símbolo de Israel. Na tradição litúrgica a luz chama-se “iluminar-arder” quase sempre são encontrados juntos luzes, luminárias, lâmpadas e candelabros, usados na liturgia hebraica, passam com facilidade para a liturgia cristã pela as suas mesmas razões práticas. As velas são levadas para honra a proclamação do Evangelho e para enriquecer o altar, onde o ministro que preside em nome de Cristo. È o aceso diante dos ícones que são sinal de alegria e de festa diante da celebração. O incenso na tradição bíblica encontra-se no templo de Salomão. Onde o altar dos perfumes se erguia diante do Santo dos Santos. Nesse mesmo lugar queimava o incenso duas vezes ao dia, durante o dia e a noite. Isto significava a oração do povo que subia ao Trono de Deus como sacrifício de louvor. O incenso na tradição litúrgica encontra-se na liturgia oriental, onde sempre usam o incenso perfumado ou também perfumes não queimados. O incenso era utilizado na aclamação do Evangelho. Para descrever a liturgia da vigília dominical na Igreja da Ressurreição em Jesuralém, a peregrina. No ocidente chegou no século VII-VIII onde se ver mencionado o uso do incenso. O incenso era levado diante do sumo pontífice e na procissão do Evangelho. Levando o incenso a frente do Evangeliário, a comunidade se prepara para a Palavra de Jesus que é um caminho de perfume. Após de incensar o livro, ela significa a veneração e a oração que lhe oferece. Do mesmo modo que os magos, quando encontraram o Menino-Jesus, prostraram-se diante Dele num gesto de adoração, onde lhe ofereceram ouro, incenso e mirra, assim a comunidade cristã que encontrou o Messias-Salavador no Evangelho ofereceu-lhe o incenso de sua oração e de sua adoração. É inegável uma descoberta do silêncio litúrgico. O silêncio sagrado, não com o elemento insubstituível, de caráter, mágico, mas necessário e significativo em si mesmo. Mas o silêncio de purificação, condição espiritual para o ato no mistério celebrado, para a escuta da Palavra e para a resposta da assembléia no momento privilegiado do Espírito Santo, que faz crescer a comunidade em Templo Santo. O silêncio expressivo: que anuncia a ação salvífica de Deus e a sua Palavra, é sinal de fé e de reverência profunda da comunidade. O silêncio pedagógico: silêncio iniciador. O silêncio litúrgico é um silêncio constitutivo fundamental para edificar e formar a comunidade local. O silêncio enche o espaço como o mesmo vigor que a palavra e o canto. Então gostaria de afirmar que a existente prática litúrgica renova orientação contemplativa da espiritualidade contemporânea, hoje nos pedem com forte recolhimento de silêncio, de deserto, como condição de liberdade, de escuta, de disponibilidade, para nós abrir-se ao Espírito e voltarmos a percorrer o caminho da oração de Cristo, a oração de que Ele nos deixou o exemplo. A Missa Tridentina, também é chamada de Missa tradicional ou a Missa de São Pio V, é uma Missa celebrada em latim, de acordo com as formas sucessivas do Missal Romano tal como foi promulgado em 5 de dezembro de 1570, por São Pio V. Em cumprimento do mandato que recebera do Concílio de Trento, é utilizada por toda Igreja Católica de rito romano até a reforma litúrgica ordenada pelo Concílio Vaticano II. Esta Missa é denominada por alguns de Missa de sempre, porém sem um motivo oficial. Ás doutrinas propagadas pelos protestantes, o Concílio de Trento reafirmou a doutrina católica sobre a Missa, principalmente na sessão XII, em que versou sobre a presença real, e na sessão XXIII, sobre o sacrifício. Além disso, mandou elaborar uma lista de abusos cometidos na celebração da Missa, a partir da qual promulgou um documento acerca das coisas a observar e a evitar na celebração da Missa. Os abusos podem reduzir-se a avareza, irreverência e superstição. A fim de eliminar esses abusos, era intenção do Concílio proceder à reforma dos livros litúrgicos. No entanto o Concílio se arrastava por longos anos, os padres conciliares decidiram, na última sessão incumbir o sumo pontífice Pio V dessa função. Portanto, foi o papa Pio V que realizou tal incumbência, promulgando em 1570, através da bula Quo primum tempore, o novo missal. Durante muitos séculos foi utilizado pelos padres latinos e difundido para muitas regiões. Com isso, aumentou ainda mais o desejo do povo de promover a Sagrada Liturgia. Portanto a necessidade de restaurar e enriquecer as formulas do Missal Romano, pois a Igreja tinha consciência do valor catequético da Missa para melhora e catequizar foi feito algumas reformas. Porém, os dois Missais separados por quatro séculos conservam-se uma única e mesma tradição, mantendo e conservando o objeto da fé. E o Concílio Vaticano II não teve nenhuma intenção de mudar ou abolir o que já se tinha, mas sim aperfeiçoar aquilo que se utilizava, também de grande valor. Analise crítica. Durante as formações eu percebi que o ritual é o elemento de canalização e de orientação da experiência do sagrado, que também passa por grandes conteúdos da tradição do cristianismo, em que a experiência do sagrado encontra sua especificação dentro da Igreja e de sua liturgia. Portanto nós podemos perceber que a experiência do sagrado manifesta a necessidade do seu preenchimento, que acontece por meio de Jesus Cristo, que se fez carne. E que sua ação acontece por meio dos sacramentos da Igreja. Porém, nos resta a experiência do sagrado como traço-de-união, como ponto de contato com a revelação, mais profundo.
Marcos Vinícius Faria de Moraes